sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Boas Festas!

Notem a gravata apropriada para as festas da quadra Natalícia, embora talvez fique um pouco deslocada da noite da consoada e no almoço de família... Boas Festas para Todos!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Molha Monumental


Hoje tive oportunidade de sentir na pele o mau tempo que tanto tem dado que falar nas últimas semanas. De uma forma ou de outra acho que tinha sempre conseguido aproveitar, por engenho ou sorte, aquelas abertas em dias piores. Evitava os momentos de chuva mais intensa, circulava nas horas do dia em que fazia menos frio, chegava sempre a casa com algum conforto.

Não hoje.

Sai mais cedo do trabalho, disposto justamente a evitar algum momento meteorológicamente mais agressivo. Estava equipado com as costumeiras calças de chuva, o habitual blusão "motard" (tenho que ver se me livro daquilo), que é impermeável, luvas de inverno e capacete modular. Chuviscava quando comecei o trajecto de pouco mais de 10 km. Em poucos minutos os chuviscos transformaram-se num diluvio de proporções bíblicas que alagou as estradas, fez saltar tampas de esgoto e reduziu drasticamente a visibilidade. Algumas rotundas pareciam lagos e andei boa parte do caminho sem conseguir ver o asfalto que estava a pisar, sempre atento à possibilidade de enfiar a roda da frente num buraco maior que ela... Não é bom.

Tive ainda a surpresa de constatar que também de scooter é possível projectar muitos litros de agua para os lados, enquanto se sente a que bate no guarda-lamas está literalmente a travar o nosso progresso. Sim, havia assim tanta agua! Por outro lado, não senti falta de aderência nem problemas de tracção. Mais um ponto para os pneus.

Ao chegar a casa, tinha pela primeira vez os pés completamente encharcados, tipo esponjas de banho. As luvas não resistiram, eram como sacos de agua. Com agua. O casaco também cedeu, a minha barriga estava molhada!

Enfim, para o scooterista, ter o equipamento certo ajuda muito. Saber evitar a fúria da mãe natureza ajuda ainda mais.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Dia 89


Agora que já ultrapassei a quilometragem oficial indicada pela LML para a rodagem, agora que já trago comigo os documentos definitivos da scooter (demoraram cerca de 2 meses e meio), agora que já troquei de pneus, que já abasteci de óleo de marcas diferentes, que já lhe comprei accessórios, já rodei com chuva e vento, já lhe retirei os primeiros pontos de ferrugem que surgiram nos espelhos, já lhe fiz os primeiros arranhões, agora que já sou daqueles que têm sempre pelo menos uma vela e ferramentas no porta-luvas, agora que já não falho passagens de caixa, agora já sinto que a Indiana não é mais uma novidade e passou a ser "da casa".



Nestes quilómetros aprendi algumas coisas, porventura mais que o que podia ter experimentado num qualquer modelo de scooter moderna. Trocar os pneus, ainda novos, por não estar satisfeito com a performance dos que tinha, teria sido impensável na SH, não só pelo custo como pela trabalheira envolvida.

E essa troca de pneus foi mesmo muito importante. A diferença de comportamento, em piso molhado e em curva, por exemplo, é abismal. Mas o atractivo da Indiana não se resume à simplicidade mecânica e abundância de peças baratas. Poder resolver (quase) tudo em casa e a um custo baixo é bom, mas não é o principal atractivo desta LML. Pelo menos não para mim.

Comprar uma scooter desenhada há mais de trinta anos, pequena e lenta, numa era onde toda gente tem imensa pressa e a felicidade parece ser possuir o veículo mais moderno, mais veloz, mais confortável, é no mínimo coisa de um nostálgico. Do coleccionador de Vespas Old School, ao amante do design, quem compra uma LML está a enviar um certo tipo de mensagem. Optar por uma LML quando existem inúmeras outras propostas no mercado, mais potentes e capazes, é talvez um rejeitar do progresso, o de uma certa ideia de progresso. É claro que há razões históricas, em Portugal, para o sucesso das bonitas scooters indianas. Mas para mim... eu quero simplesmente abrandar, viver ao meu ritmo. Não quero passar pela vida a correr, de um sítio para outro. Na Indiana vou sempre pela estrada com paisagem, a uma velocidade que me permite absorver o que se passa a minha volta. Qual é a pressa?



A Indiana é a minha máquina do tempo e o meu sofá de psicólogo. É ao mesmo tempo burra de carga de material fotográfico e top model em passeios à beira mar, viatura utilitária para ir ao supermercado e aos correios, e sprinter audaciosa para chegar a horas ao trabalho.

Quem poderia pedir mais?

domingo, 13 de dezembro de 2009

Spreading the love


Sendo utilizadora ocasional das minhas scooters, a Marta deixou-se intimidar pelo tamanho da CN e pela caixa manual da LML, pelo que há muito tempo que não pegava num motociclo. Ontem finalmente deu umas voltinhas na Indiana, só para experimentar.



Apreciadora de scooters modernas, a Indiana não é bem o modelo que ela mais desejaria pilotar, mas pelos sorrisos, ninguem diria...


Mete mais óleo



Acho que sou de origem marroquina ou coisa do género. Este frio que se faz sentir tem-me limitado as deslocações, mesmo que a Indiana continue a ter utilização diária. Assim, só há poucos dias ultrapassei a barreira dos 2,000 km, o valor indicado no manual para a rodagem. Chegou também a hora de colocar mais uma litrada de óleo.



Desta vez não fui em cantigas e atestei com o muito recomendado Castrol TTS. Há quem argumente que estes motores foram desenhados originalmente para utilizar óleo mineral e que colocar um moderno óleo 100% sintético é deitar dinheiro fora. Eu, não podendo dizer nada sobre a durabilidade do motor utilizando um ou outro óleo, sou pelo menos sensível à questão do fumo e do cheiro. E nesses dominios o TTS, que vinha de origem na Indiana, ganha por muitos pontos.



Km percorridos: 2128
Média de consumo: 3,28 l/100km
Velocidade máxima em plano (velocímetro): 85 km/h