terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Então cá vai a dolorosa


Foi com estas palavras que o homem da Honda me fez chegar às mãos a conta da revisão da minha CN. Comprada à apenas dois ou três meses num Stand oficial da Honda em Almeirim, com garantia e com o preço nivelado por alto, esperava mais, ou melhor, esperava pagar menos!

Na verdade, já há algum tempo me sentia um pouco enganado pelo homem de Almeirim. Já nem em senhores de meia idade, de cidades pequenas, uma pessoa se pode fiar. Passados 2000 km, o pessoal da Motorway (desisti da Santomar, demasiado longe, demasiado desatentos) confirmou os meus receios. Nem uma revisão o tipo tinha feito à scooter! Os travões estavam completamente nas lonas, a transmissão precisou de tudo e mais alguma coisa, impressionante. O que eu pensava ser feitio da CN, travagem extremamente dura, sobretudo na frente, afinal era as pastilhas a roçar com o disco e isso pelos vistos já estava assim quando a comprei!

Sem ter trocado nenhum componente fundamenental, como por exemplo o escape (que bem precisa) a brincadeira ficou por mais de 300 Euros! Bem lhe podiam chamar dolorosa, a mim deixou-me a fazer contas à vida.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

LML Star @ Original Vespa


Ele há dias assim. Dizem.

Andava a adiar uma visita à afamada Original Vespa, para evitar cair em tentações, quando me vi obrigado a lá ir em trabalho. O dia tinha começado sem grandes novidades, o ensaio da carrinha "para chefes de família que não abdicam de carros com patanisca" tinha sido cancelado e o tempo escorria de forma pachorrenta, enquanto eu aguardava que outro trabalho me fosse assignado.

Já estava à espera de ter que fotografar mais uma fornada de livros ou cosméticos no estúdio, quando tomei conhecimento de que a Motociclismo iria fazer um trabalho sobre "essas Vespas Indianas"... A apatia transformou-se rapidamente em entusiasmo, quando me foi atribuída a tarefa de fotografar o dito artigo.


Pouco depois de almoço estávamos em Caneças, na demanda da mítica loja de peças para scooters clássicas. O ambiente é muito particular, há uma certa atmosfera que dificilmente outro estabelecimento consegue ter. Não sei se será da decoração, das muitas scooters cobertas que rodeiam a casa/estabelecimento, se será a forma descontraída com que os clientes são atendidos, muitos deles conhecidos ou mesmo amigos de longa data, a verdade é que a Original Vespa não trai as expectativas de quem já se habituou a escutar palavras de admiração e respeito por este espaço.

Depois, estão as LML. Alinhadas, apertadas a um canto fazem lembrar um punhado de coloridos rebuçados. E são quase tão irresistíveis como um doce seria para uma criança. Vistas de perto, deixamos de ter dúvidas sobre a qualidade, pelo menos aparente, do produto. Estas indianas convencem, a chapa, a pintura, tudo é robusto e aparentemente durável. E claro, são lindas!

Levámos uma LML Star Deluxe laranja para o jardim e ali fizemos as fotos, que poderão ver na próxima Motociclismo. A scooter deixou-me muito bem impressionado, tanto que nem pedi ajuda para muda-la de posição para as fotos, sempre era mais uma oportunidade de eu mexer no bicho...

Se não sabem o que é uma LML, devem ter chegado a esta parte do texto um bocado desorientados. Eu explico: uma LML Star é um clone da Vespa PX, o clássico Italiano criado no final dos anos setenta e descontinuado o ano passado. Ao contrario das scooters de imitação barata chinesas, as LML são feitas na India mediante prévio acordo com a Piaggio, por pessoal e maquinaria que já fabricou as PX para o mercado Indiano. A LML é um dos maiores produtores indianos de motociclos, podem ver uma visita guiada às instalações aqui, cortesia do importador das LML para o UK, Eddy Bullet. Nos EUA as scooters são vendidas como Stella, com bastante sucesso. Na Oceania, chamam-lhe Belladona.

Mais importante que tudo isto, é que actualmente, a LML/Stella/Belladona é a única scooter tradicional de carroçaria em metal e mudanças manuais ainda em produção. E agora eu sei onde elas andam. O Natal está à porta... Vocês estão a ver como isto vai acabar...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O longo e frio inverno de 2008

A falta de posts frescos neste blog está directamente relacionada com a falta de quilómetros realizados de scooter nos tempos mais recentes. Se mal não recordo, a última vez que meti gasolina na CN foi dia 13 de Novembro, há quase um mês. Entre deslocações para fora de Lisboa em trabalho e boleias, tenho usado a scooter em média uma vez por semana.

O frio, a chuva, a revisão da CN que se aproximava a largos passos (será amanhã), e alguma preguiça, tudo se conjugava para deixar a scooter em casa. Ontem, fui acordado para a realidade por dois factores de peso. Primeiro fiquei preso em engarrafamentos várias vezes no mesmo dia, e rapidamente percebi que já não tenho paciência para isso. Depois fui por gasolina no carro e gastei de uma vez quase o orçamento do mês da CN... Reality Check! Passar a vida stressado, enlatado e entalado, contribuir para a riqueza das grandes petrolíferas e os Xeques das Arábias não é para mim!

Além de tudo isto, sinto falta daquela sensação de liberdade que só as duas rodas podem dar.

Ando a planear algumas mudanças na minha vida, a mais importante é a saída de Lisboa para os arredores. Sobre a scooter também recaem algumas hipotéticas alterações, ainda não decidi, mas como sempre, vocês serão os primeiros a saber.

Os segundos, vá.

Eu digo qualquer coisa...