terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

E onde é que eu levo as compras?


Sim, a foto foi tirada com um telemóvel, e daqueles bem jurássicos. Temos pena. Serve de ilustração para uma pequena viagem que fiz no Domingo. Estava eu cansado, depois de 40 km de bicicleta e atrasado para almoçar com a minha mãezinha, quando me lembrei que ainda tinha que lhe levar uma cadeira e mais umas coisas que estavam cá em casa já há uns tempos. Tudo somado, parecia certo que ia levar o carro, mas à última da hora achei que isso seria simplesmente demasiado fácil...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Marota

Notam alguma coisa estranha nesta imagem? É a entrada da garagem, onde eu guardo a CN 250. Tinha estado a chover e a minha scooter deixou este rasto no chão ao entrar. Só ao entrar. Eu estava a andar a direito, ou pelo menos tentava.

Já estão a perceber? Esta é a minha primeira prova documental dos famosos "power slides" com que a scooter rotineiramente me brinda em piso molhado. A roda de trás desliza em aceleração ao mínimo descuido, é necessária muita concentração e precisão milimétrica no punho direito para evitar sustos. Aqui, ao entrar na garagem, devo ter exagerado na dose. O piso estava seco, mas tem pouca aderencia e pneu estava molhado. O resultado foram estes dois rastos, um é o do pneu da frente, o outro é da roda de trás.

Tanto quanto consegui comprovar, este comportamento é típico da Helix/CN/Spazio/Fusion. Talvez seja consequencia da enorme distância entre eixos e da roda pequena atrás, ou culpa da distribuição do peso, se bem que mais de 60% deveria estar atrás! Seja qual for a razão, a CN é temperamental no inverno. Ninguém é perfeito.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Mau tempo no canal


Parece que não há maneira de este tempo passar. Chove há mais de duas semanas. Este ano os nossos agricultores não vão pedir subsídios por causa da seca. Mas devem pedir por causa dos estragos causados pelo mau tempo.

Gostaria agora de relatar as minhas heróicas aventuras, enfrentando a estoicamente a intempérie, sobre duas rodas, aos comandos de um pequeno motociclo carroçado.

Mas não é possível.

Primeiro porque não tenho aventuras (nem heróicas nem cobardolas) para narrar. Depois porque a minha CN pode ser tudo menos pequena.

Nem todos os dias tenho ido para o trabalho de scooter: tenho apanhado boleia, fui de carro, até já experimentei o comboio. A CN, no entanto, continua a ser a melhor maneira de chegar a algum lado, mesmo quando chovem cães e gatos. O carro fica preso nos engarrafamentos, a boleia é irregular, a estação do comboio não tem luz e é mais fria que o coração dos tipos que conduzem Mercedes e nunca deixam as motas passar.

Ainda assim, mais de metade das minhas deslocações continuam a ser de scooter, mesmo quando as ondas galgam a Marginal, quando há pedaços de árvores a voar e quando os enlatados insistem em circular demasiado depressa e passam a vida a bater no deprimido engaiolado da frente. Tenho visto de tudo nestes dias de clima mais rigoroso. No entanto, as principais regras se sobrevivência mantêm-se:

- Andar mais devagar e ir AINDA mais atento. Manter distancias de segurança maiores.
- Usar equipamento apropriado: Bom capacete com viseira em bom estado, que não embacie, fato de chuva, luvas resistentes à agua, roupa quente.
- Curvar com mais cautelas, ter atenção ao piso por onde as rodas passam, com especial interesse em manchas, marcas rodoviárias brancas e placas metálicas.

Tudo isto parece óbvio, mas é importante. O meu capacete ARAI (comprado com substancial desconto, da colecção descontinuada de 1997 ou assim) é bastante mais confortável do que aquilo a que eu estava acostumado. A agua escorre da viseira, esta não embacia, e eu consigo ver a estrada. Isso é uma coisa boa. Não tenho apanhado sustos. Já agora, valia a pena pensar nisto.