quarta-feira, 12 de março de 2008

Agradecimentos, estatísticas e mais coisas

Antes de mais, os meus agradecimentos a todos os que, aqui e de outras maneiras, me deixaram palavras de incentivo e apoio. O acidente foi há uma semana, ainda não posso trabalhar, mas as coisas parecem lentamente regressar à normalidade. Uma palavra especial ao pessoal do fórum Maxiscooters de Portugal, é bom saber que não estamos sozinhos na estrada, embora no dia-a-dia isto parece 100% entregue ao grande rei-automóvel. Obrigado!

Eu sou daqueles que lêem tudo o que que podem sobre scooters e motociclos, tendo também aprendido com o tempo umas coisas sobre sinistralidade e segurança rodoviária. Posso agora aplicar essas ideias e estatísticas ao meu próprio caso, senão vejamos:

- A maior parte dos acidentes da-se em ambiente urbano, em cruzamentos e intersecções.
- A grande maioria dos acidentes resulta da colisão do motociclo com um automóvel ligeiro de passageiros.
- A maioria (estamos a falar de + 75%) das vezes a culpa pertence ao ligeiro, que não respeita a sinalização existente, as regras de prioridade ou não vê o motociclo.
- Em mais de 90% dos casos, há a registar ferimentos no condutor do motociclo.

O meu caso cumpre com tudo isto, sinto-me uma perfeita estatística! Mas se as coisas são assim, não seria de penalizar o elo mais forte de modo a proteger o mais fraco? Como é possível que seja a mesma coisa (para o culpado) dar um simples "toque" noutro carro ou mandar um motociclista (ou um ciclista!) para o hospital?

Sinceramente acho que se deveria fazer algo, mas é certo e sabido que a maioria enlatada será sempre contra, e de tudo se safam com um "não vi". Nestas coisas, como noutras, não seria má ideia implementar as boas práticas de outras paragens. Dou só dois exemplos: na Holanda é uma coisa muito séria (e fortemente penalizada) atropelar um ciclista, e só assim essa actividade tem a aceitação e os níveis de segurança que apresenta naquele país. Não é só uma questão de haver ou não ciclovias. Em Singapura, que já foi uma terra de "vale tudo menos tirar olhos", como a nossa, em caso de atropelamento de um peão, presume-se que a culpa é sempre do automobilista e as consequências podem ser muito graves. O resultado é uma das mais baixas taxas de fatalidades entre os peões. Como diz o outro, já agora, valia a pena pensar nisto...

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