terça-feira, 24 de julho de 2007

La Podrerosa

Não recordo a primeira vez que a vi. Gostava de poder dizer que sim, e este texto iria por um caminho mais romanceado, enquanto eu narraria, com entusiasmo, como me lembrava perfeitamente de cada pormenor, cada ínfimo detalhe desse nosso primeiro encontro.

Mas não.

Era somente a scooter de uma amiga minha. E enquanto eu tirava a licença de motociclos, a pobre Honda SH 125 “Scoopy”, amarrada a um banco público, servia apenas para ganhar sujidade e garantir a diversão da garotada do bairro. A proprietária tinha agora o local de trabalho demasiado longe para a viagem diária numa 125cc, e procurava um novo destino para a fiel montada. E assim, por um preço de amigo, a Honda mudou de mãos e tornou-se “La Podrerosa”. Este título ganhou-o da Marta, a minha namorada, e está relacionado com o facto de a mota exibir marcas de algumas quedas e a popularidade que tinha na altura entre nós o filme de Walter Salles.

Para os mais técnicos, a SH 125 é uma scooter automática de rodas altas (16 polegadas à frente e atrás) movida por um motor de 125 cc, refrigerado por líquido.

É um modelo algo desconhecido no nosso país, onde quase tudo o que tem duas rodas já de si é uma raridade, mas em Itália e Espanha, por exemplo, a Scoopy está a substituir as velhas e saudosas vespas como o modelo mais popular de scooter. Mais informação e características técnicas aqui, e aqui. (Em Italiano e Francês)

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