Já entrado nos trintas, deu-me para isto.
Seria uma precoce crise de meia idade? Uma moda passageira? Uma tentativa não muito longe do desespero de reviver aventuras nunca conseguidas numa idealizada adolescência? Um problema hormonal? Ou talvez fosse só o reflexo de um inconformismo militante, quando não irritante, de fazer diferente, de ser pouco convencional: “se todos andam de carro, eu não ando!”. Estas e outras interrogações (ou mais provavelmente nenhuma em absoluto) afligia a mente sofisticada dos meus amigos e conhecidos nesse final de verão de 2006. Estava a tirar a carta de moto, depois de uma década como titular de uma licença da nossa República que me autorizava a pilotar coisas de quatro rodas. Por quê? Enfim, porque sim. Sempre o tinha querido fazer, e por uma razão ou outra tinha adiado os planos. De repente, a morar no centro de Lisboa e com algum tempo livre, a ideia de tirar a licença e comprar uma scooter parecia fazer todo o sentido...
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