quinta-feira, 24 de julho de 2008

Reflexões do mau pendura

O assento traseiro da scooter até parecia convidativo. Tinha espaço, não era demasiado alto e disponibilizava um raro e útil encosto. Tudo naquele banco parecia sugerir conforto e comodidade por muitos quilómetros.

Mas não era o caso.

Para começar, eu sofro de mau-penduritis crónica. Um caso grave. Por um lado, sou muito alto e algo pesado, normalmente provoco algum desequilibro em qualquer veículo de duas rodas quando me sento atrás. E ao ser mais alto, levo com o vento todo na cabeça. Depois também sou daqueles que acha sempre que teria executado melhor determinada manobra que o condutor ou teria reagido muito mais depressa a uma eventualidade... Enfim, andar à pendura não é comigo.

Munidos desta informação, imaginem-me pendurado na traseira de uma muito incómoda Hyongsontonwang 250, que até era um modelo de tamanho e performances razoáveis, mas desenhado para transportar crianças, aparentemente, e não dois adultos. Coisa que, devo notar, a pequena Scoopy não tem problemas em fazer. Pilotada pelo jovem afoito jornalista, mais preocupado em aviar enlatados que em desviar-se dos buracos, aquela sessão rapidamente se transformou numa tortura. Já se sabe que a suspensão traseira não é propriamente o ponto forte das scooters, mas neste caso o problema era preocupante. Para mim, claro. De joelhos muito flectidos, a tentar caber no assento e não sair a voar dele de cada vez que passávamos por cima de uma tampa de esgoto a velocidades ilegais e manifestamente desnecessárias. Ir à pendura sucks!

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