terça-feira, 27 de abril de 2010

Fura-greve


O anunciando caos provocado pela greve dos transportes públicos acabou por se revelar mais uma situação de "business as usual", pelo menos aqui para os meus lados. A Indiana foi chamada a substituir a CP, na ligação Oeiras-Algés: a Marta podia apanhar um autocarro de uma empresa que não fazia greve, se conseguisse chegar a Algés. Carregada com portátil e pendura, a Indiana não é a mais cómoda das "armas" contra o congestionamento, mas cumpriu a sua função, pelo segundo dia consecutivo.

O trânsito era o mesmo de sempre. Ouvi muitas reclamações na televisão, mas pelo menos na marginal o caos era somente o habitual. Faz sentido, a maioria das pessoas vai de carro para o trabalho de qualquer maneira. O que não deixa de irritar um bocadinho, é a imprensa nunca mencionar as duas rodas (motorizadas ou não) como alternativa: se não há transportes públicos, as pessoas vão de carro, pois claro. No carro que está acima das suas possibilidades, mas que mesmo assim compraram, no carro que devora combustível que mal conseguem pagar, no carro que conduzem alienados, como se estivem sentados sozinhos no sofá, a usar o comando da televisão.

Greve dos transportes? Qual greve?

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