sábado, 6 de março de 2010

I have issues


Sim, questões. Cenas. Não temos todos? Bom, começo por mencionar um problema que parece afectar muita gente: dificuldade em dosear o travão traseiro. Já li muito sobre o assunto e todos se queixam da mesma coisa, principalmente se for malta que não seja do mundo das scooters clássicas, que esses desculpam tudo e atribuem simplesmente as questões deste género à "personalidade" da máquina. No Stella Speed fala-se muito em rectificar tambores. No meu caso achei excessivo. Eu resolvi o problema simplesmente colocando óleo (de bicicleta) no mecanismo por debaixo do pedal. Ficou muito mais linear, nunca mais tive aquela sensação de que primeiro o pedal não faz nada e logo a seguir já tenho a roda bloqueada.


Outra questão que me tirava o sono (metaforicamente) era o eu estar a deixar a Indiana ir a baixo em situações normais de trânsito citadino. Coisa chata e altamente irritante. Depois de alguma reflexão, apercebi-me que isso só acontecia quando levava pendura. Como a Indiana é bastante limitada de potencia, quando está carregada exige uma aceleração mais vigorosa e um controlo mais fino da manete da embraiagem no momento do arranque , coisa que eu não estava a fazer. Ao menos apercebi-me a tempo, antes de mandar a Indiana para a oficina ou a mim próprio para o divã do psicoterapeuta.


Outra coisa: em manobras apertadas andava a sentir-me pouco à vontade a movimentar a Indiana. Entretanto apercebi-me que as minhas pernas batem no guiador quando tento fazer manobras em espaços mais ajustados. Isso desequilibra-me e torna os movimentos... atabalhoados. Dei por mim a praticar uns oitos numa rua sem trânsito. Agora já consigo equilibra-me melhor, é questão de abrir a perna!


Mais uma de maçarico, hoje deixei-me surpreender e fiquei sem combustível, ou melhor, a Indiana parou na estrada porque eu não tinha rodado a torneira para a reserva. É a primeira vez que tal me acontece, provavelmente andei a gastar um pouco mais de gasolina do que o normal. Não é nada bom sentir a scooter "morrer" numa estrada cheia de transito e sem bermas. Já agora, isso aconteceu aos 175 km e o meu recorde de quilómetros antes da reserva é de 194!



Por fim, continua a minha guerra com os pontos de ferrugem nos "periféricos" da Indiana. Não é nada de especial e até estou satisfeito, no geral, com a qualidade da LML. Mas que chateia, numa scooter nova, chateia. Obrigado aos que forneceram dicas para este problema, vou tratar deste assunto em breve.

9 comentários:

Anónimo disse...

Ontem fiz um passeio na minha lml 125 sem catalisador a Ponte de Lima (sou de Aveiro). Com o depósito cheio fiz cerca de 230 Kms e quando voltei a abastecer ainda não tinha entrado na reserva (mas devia estar quase). É certo que os Kms foram feitos em estrada. Mas passo sempre os 200kms até entrar na reserva (circuito misto com mais tendência para o urbano).
Se calhar não enches bem o depósito :)

um abraço

Luís Gomes (lgomes - scooterpt)

Bessa disse...

Luís, eu encho bem, muitas vezes até transbordar. Se calhar é por ser uma 150, sempre gasta um bocadinho mais. Um destes dias faço um teste de consumo, tipo prova do litro: até parar!

Um abraço!

Anónimo disse...

sendo a tua uma 150, certamente gastará mais que uma 125. É estranho porque as minhas médias são parecidas com as tuas: 3,2 litros/100km (nos últimos 1700kms, já sem catalisador). Por outro lado, o facto de teres catalisador, obriga-te a enrolar mais o punho para obteres a mesma potência que terias sem catalisador e com o punho menos enrolado (e portanto menos consumo). Por isso, a minha teoria é que tens consumos maiores com o catalisador, mas claro, há sempre a outra questão, bem pertinente, das emissões de gases...

Um abraço,

Luís Gomes

Toni disse...

Bessa

Quanto à ferrugem tenho uma dica que te poderá ajudar. Experimenta passar nesses espelhos um pouco de palha de aço daquela da louça, ou mesmo aquela parte mais rugosa (normalmente verde) da esponja para a louça. Podes passar com um pouco de polish, mas se este acabar, passa mesmo a seco. Passas a andar com isso na bagageira da mota e resolves o problema. Há uns tempos atrás quando troquei o aro do farol da minha Vespa GTR por um da concorrência, começaram a aparecer esses pontinhos de ferrugem, que tenho resolvido dessa forma.


abraço

Anónimo disse...

I have the same rust issues on my Piaggio MP3 500--$10,000 scooter. Don't feel bad; just chance the screws yourself. :(

Andre Bessa disse...

eu hoje la peguei na minha lml 125 e....o travão de trás ao mínimo toque agarra logo!!vou ver se meto oleo de bicicleta e ver como corre!
estas LML tem realmente tudo a ver com as versões "clássicas"..é preciso sempre alguma manutencao antes de comecar a andar.

Abraço e obrigado pelas dicas

Gonçalo disse...

Nunca tive uma motociclo. Não tenho carta/licença. Quero tirar. Adoro "Vespas", plo menos esteticamente. Acabaram com a Px e ia chorando. Apareceram as LML fiquei mais feliz...

Agora, pergunto-te, qual é a mural da história (da tua) ? Vale a pena comprar uma LML?

Recomendas-me? Nos teus tópicos vejo muita reclamação, e um cheirinho a frustração...

Um abraço.

Gonçalo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bessa disse...

Vale a pena sim, se estiveres mesmo decidido. Mas dá trabalho e decididamente não é para todos. Se souberes no que te estás a meter e não tiveres medo de um pouco de bricolage, força. Se não, há muitas outras propostas no mercado.

Um abraço!

P.S. A 4t resolve pelo menos uma das limitações da 2t, a pouca potência do motor.