Juro que não percebo.
Diariamente utilizo um troço de menos de 10 km da estrada marginal Lisboa-Cascais. Nos tempos mais recentes parece que não há dia que eu não presencie um acidente, ou veja as sequelas de um, neste pequeno troço. Não estou a falar de toques no para-arranca das horas de ponta. Nem vale a pena contabilizar esses. Estou a falar de carros a voar, carros destruídos, pessoas feridas, mortos.
A N6 é uma estrada sinuosa, mas de bom piso e com limites de velocidade entre os 50 e os 70 km/h. Esses limites são policiados em vários locais por semáforos com controlo de velocidade. Estas restrições existem por bons motivos. A estrada marginal tem muitas curvas apertadas, inúmeras rotundas, acessos a parques de estacionamento, a restaurantes, acessos a residências privadas, entradas e saídas. A estrada é também relativamente estreita e não tem bermas.
Apesar destas condições, o cenário habitual na Marginal faz lembrar o PTCC. Toda a gente rola o mais depressa que pode, muda de faixa continuamente, tentando ganhar posições. É claro que os automobilistas-pilotos também passam muito tempo parados nos semáforos, uma vez que a maioria das pessoas não cumpre, nem de perto nem de longe, os limites de velocidade. Também passam muito tempo simplesmente parados, porque os engarrafamentos são habituais. Mas assim que arrancam, a salvageria regressa ao asfalto, enquanto os condutores vão também pondo a conversa em dia com telefonemas infindáveis, tomam pequenos almoços tardios e brincam com os inumeros gadgets do enlatado moderno.
Hoje voltei a ver um carro, um Opel Vectra, completamente destruido. Atrás dele, um choque em cadeia de mais 4 viaturas imobilizou completamente esta fatidica N6 no sentido Lisboa-Cascais na hora de ponta da tarde. Os envolvidos certamente terão explicações para mais este "accidente". Têm sempre.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Carros Voadores II
Publicada por Bessa à(s) segunda-feira, novembro 09, 2009
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